Quando você é criança a principal atividade é querer brinquedos. Vários deles, de todas as cores e tamanhos. E às vezes seus pais não dão.
Então você pensa que vai morrer sem esses brinquedos.
E não morre.
Depois você cresce, e agora você quer pessoas. Várias delas, de todas as cores e tamanhos. E às vezes as pessoas não se dão.
Então você pensa que vai morrer sem elas.
E não morre.
Mais tarde ainda, talvez tarde demais, descobre que morrer não seria o problema, que na verdade você sofre por viver desejando coisas e pessoas.
Por saber que nada disso é seu.
Então se você não quisesse nada, se não desejasse ninguém,
a vida seria muito mais fácil.
13/10/2009
E não morre.
Postado por Gisele às 15:29
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Desenho por headsetoptions | A Blogger por Blog and Web
1 comentários:
Nos parques de infância a coisa é parecida. Não sei se recorda-se, mas ao "brincar" em um determinado brinquedo o desejo era passar para o próximo. Ao chegar no próximo, o desejo era no outro. E no outro. Até passar por todos do parque. É a delirante mente inconstante dos menores, e que sustenta-se por um bom tempo, perdendo-se no rabugentismo lá pelas idades das dores colunares.
Como sempre, exelente texto.
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